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GPECS - Reunião em 29 de novembro de 2019

Em 2019 o GPECS se reuniu regularmente na última sexta-feira de cada mês, debatendo diversos temas sobre o tema sociedade, ética, cidadania, desenvolvimento e sustentabilidade. Na reunião de hoje discutiu-se o texto de Rosália Silva Corrêa, intitulado "Quanto o excesso de ordem provoca o caos: as contradições do 'estado jardineiro' na atuação policial nos centros urbanos". Concluiu-se que as noções de "estado jardineiro" de Bauman tem grande potencial para análise da sociedade atual e das relações humanas que a caracterizam, não apenas no âmbito da segurança pública, mas também em outras esferas como o próprio judiciário, a assistência social e a educação. Presentes: Lilia Capelin, Aldair Marcondes, Caroline Neris Bridi, Jean Carlos Kuss,  Marcos Aurélio Ariatti, Inês Maria Gugel Dummel, Joel Haroldo Baade. Foto: Inês Maria Gugel Dummel (2019)
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GPECS - Reunião em 25 de maio de 2018

Na reunião de 25 de maio de 2018, os presentes na reunião do Grupo de Pesquisa em Ética, Cidadania e Sustentabilidade iniciaram a discussão do capítulo  segundo (páginas 84-98) da obra A Ética é Possível num Mundo de Consumidores? de Zygmunt Bauman. O capítulo segundo trata do que Bauman chama de assassinato categórico. Para expor o seu ponto de vista, o autor parte da abordagem em torno do holocausto que, segundo ele, constitui acontecimento novo na história da humanidade. Embora tenham havido muitos conflitos que tenham produzido número incalculável de vítimas, o holocausto tem como peculiaridade a redução de toda uma categoria de pessoas à situação de "unwertes leben" (vida não digna de ser vivida). Em continuidade ao primeiro capítulo, em que afirma a sustentação da ética nas relações diáticas, a abordagem em torno do assassinato categórico pode ser colocada em analogia com o "terceiro" emergido com a sociedade contemporânea. O "terceiro" está para

GPECS - Reunião em 08 de junho de 2018

O Grupo de Pesquisa em Ética, Cidadania e Sustentabilidade se reuniu na manhã do dia 08/06/2018 às 10 horas nas dependências do PPG – UNIARP e discutiu a última parte do segundo capítulo do Livro de Bauman (A ética é possível num mundo de consumidores?). Na discussão foi mencionado primeiramente a estreita passagem das armadilhas da sacralização e da banalização apontada por Tzvetan Todorov. Ficou entendido que a banalização visa à coerção do adversário mais fraco e é vendida às pessoas como um gesto nobre de abnegação, no entanto é caracterizada numa relação traiçoeira e de inimizade. No que diz respeito à sacralização, ela sempre protege os interesses dos sacralizadores, ou seja, tende a enaltecer os casos particulares do passado e do presente, colocando em dúvida a existência da comunicação grupal e da sua própria existência. De forma geral, tanto a banalização quanto a sacralização são formas ostensivas de eliminação do outro, permitindo jargões conhecido como: “O mais forte

GPECS - Reunião em 04 de maio de 2018

Em 04 de maio de 2018, o GPECS reuniu-se para mais uma reunião. O grupo tem se reunido praticamente a cada quinze dias, mas nos falta muitas vezes a disciplina para registro de todas as reuniões.  Em 2018, iniciou-se o estudo de uma obra de Zygmunt Bauman: A ética é possível num mundo de consumidores? Na reunião de que trata este post, abordou-se especificamente a discussão das páginas 55 a 83.  Inicialmente, foi feita a retomada do encontro anterior sobre as mudanças nas bases éticas. Relembrou-se a discussão sobre o amor próprio, sobre a aceitação do outro, sobre o ressentimento na sociedade desigual. Para aceitar o outro como superior, é preciso aceitar as próprias limitações, o que gera o ressentimento (Nietzsche). Igualmente abordou-se Scheler e o ressentimento entre os iguais. Não por último, o ressentimento característicos da sociedade atual, que se dirige ao desconhecido. Enfim, a moralidade de outros tempos, baseada nas relações diáticos, olho no olho, perdeu força face ao
Descrição do grupo de pesquisa A socialização tem influência decisiva na vida das pessoas, pois ela contribui para a sedimentação de comportamentos em forma de hábitos, predispondo-as a agirem duradouramente de determinado modo. Nesse sentido, não há como optar entre educar ou não em valores, o que se pode é refletir sobre quais valores se pretende fomentar. Como há implicações éticas relacionadas à validade dos valores que se almeja, a reflexão sobre a temática não pode ser adiada. Parte-se do pressuposto, de que o não-fomento de um hábito é a consolidação do seu oposto. Tendo a compreensão de que o ser humano é um ser essencialmente social e a cidadania ser o conceito que expressa a pertença da pessoa à vida humana associada, o objetivo do grupo de pesquisa consiste no desenvolvimento de análises de cunho sociológico e filosófico a respeito dos valores na sociedade contemporânea, em especial a sustentabilidade, com vistas ao fomento da cidadania. Link:  dgp.cn